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Conheça o DREX - o real digital anunciado pelo Banco Central

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Simão Timóteo
08/08/2023

O Banco Central do Brasil revelou nesta segunda-feira (07/08), em um comunicado oficial, o lançamento de uma moeda digital nacional denominada "Drex". Esse novo empreendimento marca a chegada do Real Digital, uma representação virtual da moeda física brasileira. A criação do Drex é vista como um passo importante no processo de digitalização da economia no Brasil.

A escolha do nome "Drex" foi explicada pelo próprio Banco Central, com cada letra representando um aspecto fundamental da moeda digital.

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  • O "D" simboliza o caráter digital do Real;
  • O "R" representa a moeda nacional;
  • O "E" refere-se à plataforma eletrônica que dará suporte ao Drex;
  • O "X" carrega a ideia de transações, além de fazer referência ao sistema de transferência instantânea Pix, lançado em 2020.

Ao contrário das criptomoedas, cujo valor flutua de acordo com oferta e demanda, o Drex terá seu valor atrelado ao Real, mantendo paridade total com a moeda física. Cada R$ 1,00 equivalerá a 1 Drex, garantindo a estabilidade e confiança dos usuários na nova moeda digital.

O Drex funcionará como uma espécie de "Pix dos serviços financeiros", permitindo transferências e pagamentos instantâneos, com a facilidade e agilidade que já conhecemos no sistema de pagamentos Pix. No entanto, ele também abrirá novas possibilidades, como a compra e venda de títulos públicos, entre outras aplicações.

No entanto, a principal diferença entre o Pix e o Drex, é que o primeiro é uma tecnologia de transações instantâneas, já o Real Digital será a própria moeda em si.

A moeda digital brasileira é desenvolvida sob a sigla CBDC (Central Bank Digital Currency), e sua criação tem sido objeto de estudo e debate pelo Banco Central nos últimos anos. Agora, o projeto do Real Digital, o Drex, entra em uma fase de testes para garantir sua eficiência e segurança antes de ser disponibilizado ao público.

A expectativa é que o Drex esteja acessível aos brasileiros até o final de 2024. A nova moeda digital será emitida pelo Banco Central e distribuída ao público por meio de instituições financeiras autorizadas, como bancos e instituições de pagamento.

A proposta do Drex é proporcionar aos brasileiros um ambiente seguro e regulado para a realização de negócios e o acesso à economia digital, permitindo uma maior democratização dos benefícios da tecnologia financeira. Além disso, a nova moeda busca oferecer mais eficiência e menor custo nas transações, ampliando o acesso aos serviços financeiros por parte da população.

O Banco Central enfatiza que o Drex não é uma criptomoeda, pois possui todas as características fundamentais de uma moeda oficial, como meio de troca, reserva de valor e unidade de conta. Diferentemente dos criptoativos, o Drex é emitido e garantido por uma autoridade monetária, o próprio Banco Central.

A interoperabilidade (capacidade de dois sistemas se comunicarem de modo transparente e sem dificuldades) será um dos destaques do Drex, permitindo aos usuários realizar pagamentos em lojas, transferências entre contas e até mesmo o pagamento de contas e boletos, utilizando o Real Digital como meio de pagamento.

Os desenvolvedores e especialistas do Banco Central asseguram que o Drex será seguro e confiável, com padrões elevados de segurança e privacidade nas operações. O acesso à plataforma do Drex será realizado por meio de depósitos bancários tokenizados, uma medida que garante a proteção dos usuários e evita problemas macroeconômicos.

O lançamento do Drex representa um passo significativo no caminho da digitalização da economia brasileira. A nova moeda digital permitirá transações mais ágeis, seguras e acessíveis, contribuindo para uma modernização do sistema financeiro nacional e trazendo benefícios para todos os cidadãos brasileiros. Com a chegada do Drex, o Brasil se posiciona no cenário global como um dos países pioneiros na adoção de uma moeda digital oficial.

Veja abaixo um resumo das principais informações:

  • O próprio BC emitirá o Drex, que funcionará como uma extensão da moeda física, sendo distribuído ao público por meio de bancos e instituições de pagamento;
  • A custódia do Drex será de responsabilidade do Banco Central;
  • O Drex poderá ser convertido em real tradicional (notas) e vice-versa, mas seu foco principal será nas transações financeiras;
  • O valor do Drex em relação a outras moedas será igual;
  • Os bancos não poderão emprestar esses recursos a terceiros, como ocorre atualmente com o real físico, e depois os devolver aos clientes;
  • Não haverá remuneração, ou seja, os recursos do Drex não terão correção automática;
  • As operações com o Drex contarão com garantia de segurança jurídica, cibernética e de privacidade;
  • A expectativa é que o Drex esteja acessível aos brasileiros até o final de 2024.
Simão Timóteo

Simão Timóteo

Consultor e Sócio-Fundador da CONNAT Soluções | Administrador | CRA-SE N° 4314-01 | MBA em Finanças Corporativas, Auditoria e Controladoria pela UNIT | Especialista em Gestão Social e Políticas Públicas pela Faculdade Jardins | Conselho Consultivo da Agência de Desenvolvimento do Estado de Sergipe - ADESE | Realizou estudos acerca de Planejamento Estratégico, Empreendedorismo e Desenvolvimento Local.

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